O Atacama e quantos dias ficar por lá

Foto da Capa: Jim Trodel


O Atacama, além de ser o deserto mais seco e impressionante do mundo, é, consequentemente, uma das principais e mais famosas atrações do Chile. No entanto, com tantas paisagens e fenômenos naturais para conhecer na região, com vulcões, gêiseres, lagoas, montanhas e cenários que parecem ter saído dos filmes ou de outro planeta, às vezes fica a dúvida sobre quantos dias serão suficientes para explorar esse destino espetacular ao máximo e fazer tanto os passeios mais clássicos quanto alguns dos menos tradicionais. Por isso, o Desviantes separou algumas informações e dicas importantes para lhe ajudar a fazer a viagem mais completa possível.

Primeiramente, há um ponto crucial que precisa ser lembrado – do tempo total da viagem, será necessário separar dois dias apenas para a chegada e o retorno e para a aclimatação com a altitude do local. Portanto, sugerimos que a permanência mínima no Atacama seja de cinco dias, desta maneira, além de não precisar se preocupar com a correria (ou o mal estar da altitude) nesses dois dias extras, você terá três dias inteiros para fazer os passeios clássicos que não podem de forma alguma ficar de fora da viagem, como o Valle de La Luna (fascinantes formações rochosas e passeio que demora pelo menos metade de um dia para fazer), a Laguna Céjar (uma lagoa cristalina onde você pode mergulhar sem afundar, também demorando metade de um dia para fazer o passeio), o Salar de Tara (um lugar cinematográfico que, por ser um pouco distante, demora um dia inteiro) e os Gêiseres del Tatio (que também demora metade de um dia, geralmente cedo pela manhã).


Laguna Céjar - Foto: Osmar Valdebenito


Salar de Tara - Foto: Bruno

No entanto, se você tiver mais disponibilidade, opte por permanecer por cinco dias inteiros (além dos dois dias extras) no Atacama para garantir uma experiência mais completa e fazer alguns dos passeios não tão tradicionais, mas que são igualmente imperdíveis e maravilhosos, como as Lagoas Altiplânicas e as Piedras Rojas, que podem ser feitos juntos no mesmo dia (e, por isso, demora o dia inteiro) e contam com algumas das paisagens mais coloridas e hipnotizantes da região; e as Termas de Puritama, que são piscinas naturais com águas quentinhas para você relaxar em meio a um cenário exótico (e leva metade de um dia).


Lagunas Altiplânicas - Foto: Truque da Banana


Piedras Rojas - Foto: Gonzalo Malpartida

Já se você puder fazer uma viagem mais longa para incluir tudo isso e ainda curte trilhas, há uma infinidade de opções de trekkings no Atacama, sendo alguns dos mais populares: o de Luna e Morte, que passa pelos Valle de La Luna e Valle de La Muerte; Vulcão Lascar, que escala o topo deste vulcão ativo, a mais de cinco mil metros de altura; do Cerro Toco, outra escalada ao cume de um vulcão, este inativo; e Guatin e Termas, que passa por cenários únicos do deserto e termina nas Termas de Puritama. No entanto, para fazer os trekkings com tranquilidade e sem ficar cansativo, sugerimos intercalar um dia de roteiro de trekking com um de passeio clássico, pois é necessário separar um dia inteiro para fazer essas caminhadas – neste caso, aliás, também é recomendado passar ao menos cinco dias no Atacama (e, é claro, sem contar os dois dias de chegada e de retorno, e não incluindo os passeios menos conhecidos que citamos acima).


Vulcão Lascar - Foto: Bas Wallet


Trekking Guatin e Termas - Foto: Ulrich Peters

Finalmente, se você tiver a oportunidade de fazer uma viagem de até onze dias, é altamente recomendado unir sua visita ao Deserto do Atacama com o Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo, situado na Bolívia, onde será necessário pelo menos três ou quatro dias para conhecê-lo por completo (sendo a saída e retorno da própria cidade de San Pedro do Atacama).


Salar de Uyuni - Foto: Leo D'lion