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10 passeios de trem na natureza
Viajar de trem é fazer uma aventura com conforto. Através de um passeio de trem, você pode percorrer roteiros que levam a regiões diferentes do Brasil, onde há cachoeiras, montanhas, rochas, campos, enfim, lugares mágicos. O Desviantes selecionou 10 trajetos de trem que te levam para um passeio no meio da natureza. Veja qual deles combina mais com o seu perfil e faça uma viagem ao passado, de volta aos tempos em que o Brasil andava de trem.
1. Trem de Morretes (PR)
Foto 1: Wilson Campos; Foto 2: Stoned Moto Riders
Da janela do trem, você quase toca a vegetação natural do trajeto entre Curitiba e Morretes. Nos 110 quilômetros percorridos pode-se admirar o que restou da Mata Atlântica. Entre muitas Araucárias, árvore símbolo da região, estão ainda a represa de Cangaíba, os canyons, a cachoeira Véu da Noiva e o Pico do Marumbi. Outros pontos vistos desse trajeto são a Ponte São João, com 55 metros construídos em aço; o Viaduto do Carvalho, que faz um contorno na montanha; e finalmente o túnel Roça Nova, com 457 metros de extensão e 900 metros acima do nível do mar. Em alguns trechos há também a imagem das ruínas marcadas pelas estações ferroviárias.
Ao chegar na cidade de Morretes, fundada em 1733, não deixe de curtir a arquitetura colonial, com casarões e ruas de pedra. E claro, nem deixe de experimentar a gastronomia local, principalmente o Barreado, um prato típico de origem açoriana. O segredo do ensopado de carne está no tempo de cozimento, por volta de 20 horas, receita mantida desde a sua criação no século 17. Outro atrativo é Rio Nhundiaquara, que corta a cidade e onde pode-se praticar Rafting e Caiaque.
O Trem de Morretes é um dos principais acessos para quem desejar explorar o complexo do Pico do Marumbi, formado por 8 cumes, dos quais o conhecido como Olimpo é o ponto culminante, que está a 1.539 metros acima do nível do mar. O complexo tem trilhas para todos os níveis de montanhistas e guarda uma bela vista de toda a baía de Paranaguá.
Trajeto do passeio: Curitiba a Morretes; 3h30 de duração.
2. Trem do Pantanal (Aquidauana) (MS)
Foto 1: Serra Verde Express;
Na cidade de Aquidauana, você embarca rumo a Miranda. A estação de Aquidauana revela um pouco da história da cidade, criada em 1892 próxima ao Rio Mondego atualmente Rio Aquidauana, ela é considerada a entrada do Pantanal. Por ali, é bem fácil de se encontrar algumas aldeias indígenas, como Taunay e Limão Verde, que estão abertas para visita. Mas antes disso, vale a pena prestar atenção no trajeto desse passeio de trem, que passa pela Serra do Maracaju, Serra da Boquena, e pelas áreas com floradas de ipês. Pelo caminho, rios e cachoeiras tornam o passeio ainda mais surpreendente pela beleza da natureza do Mato Grosso do Sul. São quatro horas de percurso rico em fauna e flora. Observe também a beleza da estação ferroviária de Miranda, de 1912.
Em Aquidauana aproveite a parada para degustar um dos pratos típicos, o ensopado de Pintado.
Trajeto do passeio: Aquidauana a Miranda; 4h de duração.
3. Trem das Montanhas Capixabas (ES)
Foto 1: Sonhando Vivendo e Aprendendo; Foto 2: Luciano Secchin
Principal característica desse trajeto é a proximidade com as belas montanhas capixabas. É um passeio pela Serra do Mar que sai dos 15 metros acima do nível do mar e chega numa altitude de 530 metros. Com duração de duas horas e meia, o trem sobe a Serra Capixaba entre as cidades de Viana e Araguaia, com paradas também em Domingos Martins e Marechal Deodoro. O trem sobe a montanha e percorre 46 quilômetros de trechos de Mata Atlântica, pontes de ferro, túneis, cachoeiras, propiciando uma vista fantástica. Entre as belezas dessa viagem estão a ponte suspensa do Rio Jacu e dois túneis próximos a Domingos Martins, já na primeira parada. Domingos Martins é considerada a cidade que tem um dos três melhores climas do mundo. É um lugar que esbanja beleza natural e atrações como o Parque Estadual de Pedra Azul, que abriga a Pedra Azul, um afloramento de gnaisse com 1822 metros de altitude. Além da montanha, o parque está aberto para as pessoas aproveitarem as trilhas, piscinas naturais, cachoeiras, além da diversidade da fauna e flora disponíveis.
Outra parada para você se deliciar é a da cidade de Marechal Deodoro, reconhecida também como a ‘Cidade das Orquídeas’. Pela mata localizada por ali há uma infinidade de espécies de orquídea. Um espetáculo que merece ser conferido.
Em todas essas paradas observe que a cultura e arquitetura italiana e alemã são marcantes. E claro não esqueça de provar os pratos típicos de origem alemã disponíveis pelas cidades.
Trajeto do passeio: Viana a Araguaia; 2h30 de duração.
4. Trem Paranapiacaba (SP)
Foto 1: Maria Luiza; Foto 2: Kiora
A ferrovia, inaugurada em 1898, divide Paranapiacaba entre as partes Baixa, com casas de madeira construídas pelos ingleses, e a Alta, ocupada por comerciantes e prestadores de serviços e pela Igreja de Bom Jesus, de 1889. Para chegar nesse destino, o trem faz um caminho de 49 quilômetros, da estação Luz à Vila de Paranapiacaba, passando entre montanhas da Serra do Mar. A neblina, constante na região, lembra o clima londrino de 1952, quando a cidade foi tomada por um nevoeiro, o fog, em função do progresso. O local faz parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da cidade de São Paulo. Da parte Alta também saem várias trilhas, como a do Poço Formoso, que demora em média 4,5 horas entre ida e volta; e a visita a nascente do Rio Grande, trilha de dificuldade moderada, onde vale a pena dar um mergulho nas águas do rio. Chegando em Paranapiacaba, há muita história sobre a vila construída pelos ingleses. Mas o nome, que significa ‘lugar de onde se vê o mar’, foi dado pelos índios que habitavam o lugar.
Para os mais aventureiros, durante os finais de semana é possível unir o passeio de trem à um passeio de bike. Mas neste caso não é necessário tomar o expresso turístico. Os trens metropolitanos da linha 10, fazem o trajeto até Rio Grande da Serra, de onde pode-se seguir de bicicleta até a Vila de Paranapiacaba, um percurso de 11 km. O trem parte da estação Brás, na zona central de São Paulo, e aos finais de semana, a bicicletas são bem vindas no último vagão da composição.
Trajeto do passeio: Estação da Luz a Vila Paranapiacaba; 1h30 de duração.
5. Trem estrada de ferro do Corcovado (RJ)
Foto 1: Divulgação; Foto 2: Beraldo Leal
Programe-se para visitar o Morro do Corcovado pela estrada de ferro inaugurada em 1884, pelo Imperador D. Pedro II. A linha férrea, de 3.824 metros, fica localizada num terreno totalmente íngreme, de onde você consegue avistar todo o Rio de Janeiro – Urca, Lagoa Rodrigues de Freitas, Copacabana, Parque Lage, entre outros pontos –, durante 20 minutos. Ainda que seja um roteiro urbano é também bastante ecológico. O trem atravessa o Parque Nacional da Tijuca, considerado a maior floresta urbana do mundo dentro da Mata Atlântica. Pela janela, você pode conferir a vegetação nativa, os pássaros e os animais silvestres. O valor arrecadado com os ingressos é destinado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para a conservação da mata.
A partida para o passeio é na Rua do Cosme Velho, nas Águas Férreas, seguindo pelo Vale do Silvestre, pelo Morro do Inglês, atravessando viadutos e pontes com vãos que chegam a medir 25 metros, vencendo alturas de precipício até atingir o morro, a quase 700 metros de altitude.
Chegando no Morro do Corcovado, finalmente você pode admirar o Cristo Redentor, a maior estátua art déco do mundo, com 38 metros de altura, 1.145 toneladas de peso e 28 metros entre as extremidade das mãos direita e esquerda. Fica a 709 metros sobre o nível do mar. O Cristo foi construído em cinco anos.
Trajeto do passeio: Cosme Velho ao Morro Corcovado; 20 minutos de duração.
6. Trem da Serra do Mar (SC)
Foto: Prefeitura de Rio Negrinho
Por um percurso de 45 quilômetros, a uma atitude de 795 metros, você desce até o Rio Natal na cidade de São Bento do Sul, a 450 metros ao nível do mar, partindo do município de Rio Negrinho. Durante todo o trajeto da Maria Fumaça, chamam a atenção as belas paisagens da Mata Atlântica entre túneis, viadutos, abismos, enfim, pontos recortados nas rochas ao longo da Serra do Mar. Chegando em Rio Natal, a comunidade polonesa recebe os turistas com um almoço típico. Esse trecho é uma versão menor em relação ao de Curitiba-Paranaguá, pois desce metade do trajeto e em menos tempo.
A Estrada de Ferro Dona Francisca foi inaugurada em 1915. Hoje a atração mais esperada pelos turistas é o apito da Maria Fumaça nas suas arrancadas; do embarque em Rio Negrinho até Rio Negro o roteiro dá direito a uma parada em São Bento do Sul.
Trajeto do passeio: Rio Negrinho a Rio Natal; Aproximadamente 1h e 30 minutos de duração.
7. Trem de Ferro Campos do Jordão (SP)
Foto: Wikipédia
Nos seus 47 quilômetros, a ferrovia atende o percurso entre Campos do Jordão e Pindamonhangaba, pela Serra da Mantiqueira, com paradas nas estações Reino das Águas Claras, Eugênio Lèfreve, Ponto Culminante e Capivari. Para nossa infelicidade, o trecho completo está temporariamente interditado e o passeio de trem vai somente até Santo Antônio do Pinhal (19 km de percurso). No entanto, em cada uma das estações ainda atendidas por esse passeio, você pode conferir uma atração diferente.
Fica na Eugênio Lèfreve o mirante de onde os turistas podem admirar as belezas do Vale do Paraíba. Os visitantes chegam no topo do trajeto na Parada Cacique a 1.743 metros de altitude, podendo avistar o Palácio Boa Vista e a Pedra do Baú, pertencentes a São Bento do Sapucaí. É o ponto ferroviário mais alto do Brasil, conhecido também por Alto do Lageado. Em Capivari fica a entrada do centro turístico de Campos repleta de pinheirais e araucárias. Nesse ponto, foi construído o primeiro teleférico do Brasil, em 1970, usado para os visitantes chegarem no alto do Morro do Elefante, que recebeu esse nome por possuir um contorno semelhante a um elefante. Está numa altitude de 1.800 metros acima do nível do mar e proporciona uma vista panorâmica de toda a cidade. Pela Estrada de Ferro, há diversos passeios à disposição, só vai depender do interesse do visitante: Turístico (trecho de 8 km), Maria Fumaça (4 km), Santo Antônio do Pinhal (19 km).
Trajeto do passeio: Campos do Jordão a Santo Antônio do Pinhal; 19 km de duração (Temporariamente Suspenso)
8. Trem de São João Del Rei (MG)
Foto 1: João Correira; Foto 2: RP Produções
O trem que percorre 12 quilômetros entre as cidades de São João Del Rei e Tiradentes é conhecido como ‘bitolinha’ por contar no passado com uma bitola (largura do trilho) estreita de 76 centímetros. O passeio, que dura 40 minutos, percorre o Rio das Mortes, afluente do Rio Grande, com vista para a Serra de São José, que fica entre as duas cidades históricas. A uma altitude máxima de cerca de 1.300 metros, a Serra pode ser conhecida por uma travessia de 5 horas com direto a mirantes e banho de cachoeira e, ainda, abrange o Refúgio de Vida Silvestre Libélulas, formada por um paredão rochoso com extensão de vegetação que compreende a Mata Atlântica, campos Rupestres e Cerrado.
Nas cidades São João Del Rei e Tiradentes, aproveite para visitar museus, igrejas e passear pelas ruas sempre prestando atenção na arquitetura e arte presentes em todos os cantos, contando um pouco da história do Brasil.
Trajeto do passeio: São João Del Rei a Tiradentes; 40 minutos de duração.
9. Trem da Estrada Real (RJ)
Foto: Estrada Real
O Trem da Estrada Real percorre 14 quilômetros, partindo do município de Paraíba do Sul com destino à Estação de Cavaru, um vilarejo que abriga um armazém antigo, cafeterias e igreja. Ele passa pela ponte giratória em direção à ponte Dr. Leopoldo Teixeira Leite, construída em 1895, cruza os Bairros Jatobá, Bela Vista, Vila Salutaris e Inema até a Estação Werneck, onde os produtos e doces artesanais atraem os turistas. A Ponte Parayba, no trajeto do trem, foi construída sobre o Rio Parayba, pelo Barão de Mauá, em 1857. Faz parte do acervo histórico da cidade pelo valor da sua construção. É sustentada por cinco pilares sobre as rochas do rio.
Trajeto do passeio: Paraíba do Sul a Cavaru; 2h40 de duração.
10. Trem na Serra do Navio Amapá (AP)
Foto: Roberto Almeida
Esse é um passeio de trem por trechos da Mata Atlântica da Floresta Amazônica marcados pela diversidade da fauna e flora. A paisagem formada por florestas densas mistura-se entre montanhas e montanhas de manganês e vilas que margeiam a ferrovia. A região é banhada pelo Rio Amapari e seus igarapés. Na Serra do Navio, a uma altitude de 148 metros, o trem passa por corredeiras e recantos naturais existentes pela região, como balneários de cachaço e pedra Preta. Se você tiver sorte pode ver a espécime rara da região, o beija flor Topazzi, o ‘brilho de fogo’. Ali é único lugar do Brasil onde se avista esse beija flor.
O trajeto do trem de Macapá à Serra do Navio dura seis horas, passando pelos municípios de Santana, Porto Grande e Pedra Branca do Amapari até o destino final. São 194 quilômetros de estrada férrea. O trem também é o meio de transporte da população local.
Trajeto do passeio: Macapá à Serra do Navio; 194 km em 6 horas de duração.
Para quem quiser se inspirar um pouco mais, acompanhe em vídeo um trecho do passeio de trem Curitiba-Morretes
Vídeo: Rion Brattig
ica Desviantes:
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